segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Já vou descer.


Mesmo sem querer e sem razão, o vento fez questão de me lembrar que já eram 5 da manhã. Foi então que eu percebi que tinha pegado no sono e no meio da bagunça que tinha feito em minha cama na noite anterior. É claro que não tive forças para fechar a janela. De uma certa forma foi até bom, porque "aparentemente" também não tinha ligado o despertador (fica aqui registrado meus agradecimentos ao vento).
Era segunda-feira e o dia já não começava bem, eu estava atrasada. Claro que como qualquer pessoa otimista eu esperava que o dia fosse melhorar, mas para o meu azar estava sendo o dia mais longo e sem graça da minha vida...
E lá estava eu, voltando às 18hrs para casa e consegui um lugar no ônibus (melhor coisa do dia), fechei os olhos devido ao cansaço e me entreguei nos braços de morfeu. Na metade do caminho, abro os olhos e vejo um belo e atraente homem em pá, ao lado da poltrona do ser que separava a gente. Óbvio que pisquei os olhos para saber se era real, abaixei a cabeça e tentei dar um jeito no meu rosto. Pensei: " Agora já é tarde, ele já te viu dormindo e provavelmente de boca aberta." Levantei a cabeça, esperei alguns segundos tentando recuperar a pouca dignidade que tinha e notei que ele estava de mochila e uma mala em mãos. Na mesma hora tentei puxar um brilho no olhar, chamar o sorriso (mas na verdade se não saísse com cara de psicopata já estava no lucro), e perguntei: "Quer que eu (sorriso/brilho nos olhos) segure sua mala?". Ele com toda sua beleza e carisma, sorriu para mim, olhou em meus olhos e disse: "Muito obrigado (sorriso encantador/matador), mas já vou descer no próximo ponto". E assim ele se foi.






imagem: tumblr/google