terça-feira, 24 de julho de 2012

Trecho.


"É possível aprender algumas coisas com um cão velho. À medida que se passava os meses e seus problemas de saúde aumentavam, Marley nos ensinou muito a respeito da inexorável finitude da vida. Jenny e eu ainda não estávamos extamente da meia-idade. Nossas crianças eram pequenas, nossa saúde era boa e nossos anos de velhice ainda estavam distantes no horizonte. Seria fácil negar a inevitável decadência da vida, fingir que ela poderia apenas passar ao largo. Marley não nos concederia o luxo dessa negação. Enquanto o víamos ficar mais grisalho, surdo e frágil, não havia como ignorar sua mortalidade - ou a nossa. A idade vai se embrenhando sorrateiramente em nós, mas nos cães ela se embrenha com uma velocidade que é simutaneamente surpreendente e moderada. No breve intervalo de doze anos, Marley havia passado de um filhote esfuziante a um adolescente incoveniente, depois um adulto corpulento e, finalmente, a um cidadão de meia-idade vacilante. Ele envelhecia em torno de sete anos para cada ano de vida humana, colocando-o no declínio dos noventa anos."
                                                                                                                 Marley & Eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oi, o que achou deste post? ...